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HISTÓRICO

                                                                                                                                                              

A COLÔNIA DE IGARAPÉ-AÇU

Nos anos 80 quando a fusaríose dizimou os plantios de pimenta-do-reino, a colônia liderada por Nobuo Sakagami (in memoriam) e Ichio Miyagawa, após a busca e pesquisa de outra cultura, optaram pelo plantio de dendê. Os solos predominantes são solos de terra firme, latossolos amarelos, destinados a culturas permanentes, sendo que o primeiro plantio de dendê ocorreu em 1986, que pouco a pouco foram substituindo as áreas antes cultivadas com pimenta-do-reino.

 

As primeiras colheitas ocorreram entre 1989 até 1991 e foram vendidas à Codenpa e Dentauá, (usinas instaladas em Santo Antonio do Tauá e Santa. Izabel do Pará), também de imigrantes japoneses.

 

O SURGIMENTO DA PALMASA

Em 28 de dezembro de 1986, os japoneses: Ichio Miyagawa, Nobuo Sakagami, Mitsuo Nawata, Iichi Watanabe, Eijiro Endo, Tameji Sasamoto, Hideaki Sasamoto, Michio Kishimoto, Kesayuki Miyagawa, Sei Tanabú, Shigemitsu Nishioka, Tsutomu Sakanoue, Koron Kudo, Shinichi Nakagawa, Takayoshi Saito, Yoshiyuki Uesugi, Akira Kudo, Hiroshi Sato, Satoshi Ichijo, Teruyuki Hino, Kenji Yamazaki, E os brasileiros: Arivaldo Bezerra de Salles e José Furlan Jr., fundaram a Agroindustrial Palmasa Ltda., com início das construções civis em 01 de janeiro de 1987.

Em 15 de janeiro de 1988 a Agroindustrial Palmasa Ltda, teve sua razão social alterada de Ltda para S/A passando a ser denominada Agroindustrial Palmasa S/A, agora constituída pelos seguintes acionistas:

Agrocomercial Verde-Açu Ltda., (empresa comercial da colônia japonesa, com atividades mercantis e rurais), Ichio Miyagawa, Nobuo Sakagami, Mitsuo Nawata, Iichi Watanabe, Tameji Sasamoto, Hideaki Sasamoto, Michio Kishimoto, Kesayuki Miyagawa, Sei Tanabu, Arivaldo Bezerra de Salles e José Furlan Jr.

 

 

A usina entrou em funcionamento em julho de 1991, contando com recursos da Sudam e do Banco da Amazônia S.A., tendo sua capacidade inicial de processamento de 6 tons cachos/hora; ampliada para 12 tons/cachos/hora em 1994, 15 tons cachos/hora em 2001; 18 tons de cacho/hora em 2008 e 30 tons de cacho/hora atualmente.

 

OS PLANTIOS DA PALMASA:

 

A Palmasa contempla a participação de todos os japoneses da colônia isseis e nisseis, originários das seguintes famílias: Sakagami (In Memoriam) Miyagawa, Watanabe, Kishimoto, Sato, Saito, Nawata, Tanabu, Sasamoto, Uesugi, Yamazaki, Tsuchiyama, Kda, Kaiya, Shibahara, Nobuyuki. A Palmasa não é uma cooperativa, e sim uma "associação", sendo que o atual controle acionário da usina é constituído por produtores de dendê, sendo os atuais sócios: Osvaldo Mitio Miyagawa e Mônica Tiyuki Watanabe, e a controladora Agrocomercial Verde-Açu Ltda.

 

Todos têm áreas de plantio, compreendidos entre 5 hectares e 600 hectares individualmente distantes num raio de 25 km da usina local. Os plantios têm estradas secundárias de terra e viscinais normais para escoar a produção até a usina e o produto (óleo de palma, óleo de palmiste, estearina ácida de palma e torta de palmiste) também conta com rodovias normais asfaltadas para escoamento a outros estados do país. A logística modal permite também até realizar exportações pelo porto da Agropalma, no bairro Tapanã, em Belém.

 

O município tem uma população atual de aproximadamente 37.000 habitantes, distribuídos em aproximados 24.000 habitantes na área urbana e 13.000 habitantes na área rural. Na infra-estrutura local constam 3 bancos (Brasil, Bradesco e Banpará), cartório, prefeitura municipal, hospital municipal, farmácias, mercadinhos, cemitério, posto de gasolina, escolas do primeiro até o terceiro grau, energia elétrica, correios públicos, delegacia de policia civil, batalhão de policia militar, fórum, uma unidade da universidade federal Rural (Ufra) e uma unidade da universidade estadual do Pará (Uepa).

 

A Palmasa é a única Agroindústria de expressão no município, cuja economia local gira em torno da colônia japonesa onde existem culturas de dendê, pimenta do reino, maracujá, citrus, e atividade pecuária. A colônia japonesa absorve a mão de obra local tanto na população urbana (Palmasa), como na área rural em plantios de palma e outros. Estima-se gerar atualmente 400 empregos diretos (usina e campo), gerando renda para aproximadamente 2.500 a 3.000 pessoas.

 

Atualmente a área de plantios de dendê ao redor da Palmasa possui 7.000 hectares,sendo que 3.500 hectares (plantios adultos) e 3.500 hectares (plantios jovens).

 

 

OS INDICADORES DE PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA:

 

Os indicadores de produtividade agrícola são monitorados pela usina, sendo que se obtém em alguns palmares produtividade de até 24 tons de cachos por há, equivalente a 4.600 kgs de óleo por há, e os demais na média de 18 tons de cachos por há.De maneira geral, todos os japoneses fazem manejo e manuseio manual nos dendezais, aplicam bastante matéria orgânica, (palhas, buchas de cachos, torta de mamona, torta de dendê, esterco de galinha) complementada com uma adubação química de N.P.K., acompanhadas de análises de solo e foliares que são realizadas anualmente.

As variedades de sementes dos plantios são I.R.H.O (França) ASD (Costa Rica) e OPALMA (Bahia), os plantios são realizados em triângulo equilátero, com 9 m de lado, resultando em estande de 143 plantas por hectare, alguns pequenos produtores realizaram plantios adensados, com 160 plantas por hectares, mas a grande maioria utiliza o convencional de 143 plantas por hectare.

 

Normalmente são utilizadas plantas hibridas com cruzamentos ellaeis guineenses x ellaeis oleífera, conforme as bases genéticas dos genitores masculinos “lamé” e os genitores femininos “deli” as plantas de procedência francesa são originárias de cruzamentos “deli x lamé” e existem outros cruzamentos de origem inglesa.

 

 

Não existe oleaginosa que produza tanto óleo por hectare quanto o dendê, podendo alcançar até 5 toneladas de óleo por hectare, 10 vezes mais que a soja que é de 500 kgs por hectare, e com variedades de sementes melhor desenvolvidas no mundo, a Malaysia, Indonésia, Costa Rica, tem plantios que já atingem 6 tons de óleo por hectare. No Brasil os plantios atuais atingem 3,6 tons a 4,5 tons de óleo por hectare.

 

 

OS INDICADORES DE PRODUTIVIDADE INDUSTRIAL:

A usina opera normalmente com equipamentos convencionais, e alguns recondicionados, obtendo índice médio de extração de 20% para óleo de palma e 2% para óleo de palmiste, a partir do cacho de fruto fresco. Dispõe de equipamentos sofisticados, como o tridecanter, atende aos padrões técnicos do mercado interno e externo.

 

A usina mantém controle rígido no processo fabril, controle de madureza dos cachos recebidos, controle de tempo de cozimento, temperatura e pressão dos esterilizadores, sistema de alimentação do debulhador, eficiência de operação das prensas de palma e palmiste, tanques de clarificação, decantação, até o armazenamento do produto final em tanques com capacidade de armazenar 1.500 tons de óleo de palma e 200 tons de óleo de palmiste, todos os tanques são cilíndricos confeccionados em aço carbono, com serpentinas para manté-los aquecidos entre 30° e 35° graus c, tudo monitorado pelo laboratório de controle de qualidade.

 

Os resíduos industriais e subprodutos: cachos vazios (buchas dos cachos vazios depois de processados) são aplicados no campo. Cascas de palmiste (casca das amêndoas, extraídas do endocarpo dos frutos, de alto valor energético utilizado como combustível na caldeira para geração de vapor, e pode ser utilizado na produção de carvão ativado). Fibras (extraídas da polpa dos frutos, também são utilizadas como combustível na caldeira para geração de vapor). Efluentes líquidos (o efluente liquido é muito rico em matéria orgânica e após tratamento adequado retorna aos plantios em forma de adubo orgânico, pois para cada 1 ton de cacho processado 40% são efluentes líquidos denominado de palm oil mil effluent – pome).

 

 

                           

Produto

 

Os produtos comerciais extraídos dos cachos de dendê são denominados óleo de palma (crude palm oil- cpo -) óleo de palmiste (palm kernel oil – pko) e torta de palmiste (palm kernel cake - pkc). Temos os seguintes rendimentos: óleo de palma 20%; óleo de palmiste 2%. A indústria alimentícia absorve em torno de 85% da produção mundial de óleo de palma, pois com o uso de vários processos tecnológicos, fracionamento, mistura, interistificação e hidrogenação permitem aos refinadores produzir produtos sob encomenda com a finalidade de satisfazer as exigências dos fabricantes de produtos alimentícios para o consumo final, tais como, margarinas, biscoitos, gorduras para sorvetes, chocolates, bolos e outros.

 

Também existe demanda para o produto óleo de palma como substituto do diesel mineral, através da utilização do combustível vegetal depois de empregados a está nova tecnologia, por ser mais limpa que o diesel mineral, lubrificante de perfuração continua, pois possui pontos de ignição e anilina superiores a 65°c.. No mercado de sabões onde são utilizados amplamente o óleo de palmiste e também o mercado de óleo epoxidado, produzidos a partir da reação do óleo de palma, estearina de palma ou oleína de palma com perácidos. O óleo epoxidado é utilizado como plastificadores, estabilizantes para plástico e cloreto de polivinila (pvc). A via oleoquímica como ácidos graxos, estéres graxos e outros são também amplamente utilizados, e mais atualmente a indústria do biodiesel.

 

 

 

Mercado

O Brasil consome atualmente em torno de 600.000 tons/ano de óleo de palma/palmiste e a produção nacional dos Estados do Pará, Bahia e Amazonas, totalizam 300.000 tons/ano, sendo que a diferença é importada da Malaysia, Indonésia, Costa Rica, Colômbia e até Venezuela.

 

Os clientes potenciais no mercado interno são os grandes refinadores de gorduras vegetais. O grupo Agropalma, maior do setor de palma no Brasil já chegou adquirir 50.000 tons de óleo de palma do projeto Palmasa em 8 anos consecutivos, o que atesta sua qualidade e pontualidade. Clientes como Cargill, Bunge, Unilever, Nissin, Nestlé, Danone, Elma chipps, M. Dias Branco, Triângulo, JBS, Piraquê etc., demandam deste tipo de gordura vegetal. A utilização do óleo de palma em margarinas, maioneses, gorduras de frituras, gorduras especiais de aspersão, biscoitos, macarrão e massas, a base de oleína de palma e estearina de palma, cresce a uma taxa entre 7% a 10% ao ano a nível mundial.

 

Por ser o processo de extração totalmente físico, ou seja, por simples esmagamento e prensagem, as características puras do óleo de palma se mantêm inalteradas, produzindo uma excelente gordura e como os demais óleos vegetais é livre de colesterol. Tendo um nível natural de saturação moderado, não requer hidrogenação para o uso em componentes gordurosos para alimentos e como tal não contém ácidos graxos trans. Denominado de gordura “zero trans” no Brasil. Na América e Europa todo produto alimentício que leva gordura “trans” apresenta a informação no rótulo. O óleo de palma (dendê) tem uma fração cuja composição se assemelha à gordura hidrogenada, mas não tem o trans, denominada “zero trans” ou “trans free” para algumas classes de produtos essa é a gordura adequada.

 

 

 

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